quarta-feira, outubro 10, 2007

A importância do perdão

O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte com os seus pés no soalho da casa. O seu pai, que estava indo para o quintal para fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa.
Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que o seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado:
- Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito o que fez comigo. Desejo tudo de mau para ele.
Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, escuta calmamente, o filho que continua a reclamar:
- O Juca humilhou-me à frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.
O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado.
Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:
- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.
O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo.
Uma hora passou e o menino terminou a tarefa. O pai que observava tudo de longe, aproxima-se do menino e pergunta-lhe:
- Filho como te estás sentir agora? Estou cansado mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe diz:
- Vem comigo até ao meu quarto, quero mostrar-te uma coisa.
O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado à frente de um grande espelho onde pode ver todo o seu corpo. Que susto! Só se conseguia ver os seus dentes e os olhinhos.
O pai, então, diz-lhe ternurento:
- Filho, viste que a camisa quase não se sujou; mas, olhe só para ti. O mau que desejamos aos outros é como o que te aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos.

(Autor desconhecido)

Cuidado com os teus pensamentos; eles transformam-se em palavras.
Cuidado com as tuas palavras; elas transformam-se em acções.
Cuidado com as tuas acções; elas transformam-se em hábitos.
Cuidado com os teus hábitos; eles moldam o teu carácter.
Cuidado com o teu carácter; ele controla o teu destino.

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